3 de mar. de 2011

Resenha: Dominion

dominion
Em meados de 1994, um jogo de cartas mudou completamente o panorama do game design: O lançamento de Magic:The Gathering criou toda uma nova ótica sobre os jogos de cartas colecionáveis, mudando a maneira de se pensar em jogos e criando todo um mercado financeiro paralelo envolvendo suas cartas.
Nos anos que se sucederam, vários outros jogos de cartas seguiram o mesmo modelo básico de design: Um jogo onde você tem que montar seu próprio baralho, comprando pacotes e mais pacotes de cartas, em busca das melhores opções para seu deck, de forma que fique melhor que de seu adversário. Mas, no ano passado, surgiu um jogo que, apesar de ter as mesmas premissas, permitiu novos olhares sobre esse tipo de jogo.
Dominion, jogo de Donald X. Vaccarino, lançado em 2008 pela Rio Grande Games, a primeira vista poderia ser rotulado como apenas mais um, entre o tanto de jogo de cartas que existem hoje. Seu objetivo é construir o melhor baralho possível, e usar as cartas deste seu deck para vencer o adversário. A grande diferença é a forma que se dá essa construção.
Enquanto em Magic, e todos os similares, existe todo o “metajogo” da construção do baralho: Algo que acontece a priori do jogo de fato - numa experiência fora da esfera lúdica, ainda que no intuito da competição - em Dominion, essa montagem do deck se torna algo dentro das regras do jogo. Você constrói enquanto joga, tornando isso parte da experiência lúdica. O jogo também permite que cada jogador esteja em igualdade total de condições de montar seu próprio baralho, pois todas as cartas disponíveis para os jogadores estarão em cima da mesa, no início da partida. Não existe uma corrida fora de jogo por cartas “melhores” ou mais raras.
Isso não significa que o jogo está contido por uma quantidade pequena de cartas e/ou opções: A caixa de Dominion (Enorme para um jogo de cartas, mas muito útil para manter tudo organizado) vem com 500 cartas. Parte delas estarão presentes em todos os jogos: as cartas de pontuação e dinheiro. Além dessas, existem 24 tipos de cartas de ação diferentes. Cada jogo começa com 10 dessas cartas, que vem em montes de 10. A partir daí, você monta seu baralho - durante o jogo - usando o seu dinheiro e sua estratégia. Além disso, já possui uma expansão - Intrigue - que pode ser jogada tanto sem a necessidade do jogo original ou como uma expansão de fato e uma nova - Seaside - a ser lançada no fim do mês.
Seguindo os moldes da maioria dos chamados Eurogames, Dominion tem regras bem simples. A maior dificuldade inicial é decorar e/ou ter que reler cada carta de ação que possui um efeito distinto. Mas o jogo é leve e não dura mais que 30 minutos, permitindo que seja jogado várias vezes sem cansar.
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Jefferson: O jogo é nota 10, mecânica perfeita, rejogabilidade muito grande, com uma curva de aprendizado que acaba instigando a jogar mais para por em prática os conceitos e estratégias que desenvolvemos durante as partidas. O tipo de jogo que quanto mais se joga mais vontade dá de jogar de novo.
E para quem joga ou já jogou Magic mostra como em uma caixa com 500 cards ao custo médio de $35.00 dólares se pode ter muita diversão à baixo custo, sem necessidades de correr atrás de cartas raras ou raras míticas última moda do Magic pra deixar ainda mais roubado o que já era caríssimo, me lembro de ano passado ainda ter jogado com decks de Magic que apenas uma das muitas cartas raríssimas do deck custava de $35 à $50 dólares.
Outro fator que se destaca no Dominion é a facilidade de iniciar novos jogadores Gamers e não-Gamers de diferentes faixas etárias, algo dificílimo de ocorrer com o Magic devido a seu custo alto, infinidade de séries e expansões e regras extremamente complexas.
O jogo ainda acertou na veia, no formato de jogo que mais me atrai em card games, construção de decks, algo que ainda me mantém jogando Magic embora neste a montagem do deck seja feita como um setup inicial do jogo, draft ou selado.
Aqui em casa ta tudo Dominado.      
:P
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Sobre keymaker:
keymaker Jefferson Oliveira é gaúcho, empresário, fã dos simpsons desde sempre, fanático por jogos desde a infância, Magic Player desde 1995 e Boardgamer desde que conheceu The Settlers of Catan. Responsável pelo Blog Adoradores de Catan e pelas jogatinas do grupo.

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